terça-feira, 6 de maio de 2014

Texto dois.

Mais uma performance, mais uma apresentação. Mais uma forma de me desnudar de mim mesma. Até onde eu queria isso? A verdade nua e crua é que eu simplesmente não queria. A chuva, o frio, a minha rinite e a bendita desidrose eram desculpas físicas e palpáveis de um doer que ia além do físico. Eu não me encaixava naquela caixa. Eu não fazia parte daquele grupo da chuva, das ervas daninhas, das sujeiras de pombo. Eu não era. Eu não queria ser. E, sinceramente, não tinha problema. A interação ainda existiu e o carinho não sumiu. O coração ainda era meu, a alma ainda era minha e, além das roupas, das coisas, eu já começava a enxergar os meus colegas pela faísca no olho e o sorriso tímido no rosto. Tudo muito subjetivo, tudo muito sentimental. Mas acho que é a isso que um grupo experimental se resume...

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